21. O filósofo
Sílvio Gallo em seu livro Filosofia: experiência do pensamento, abordando
a teoria do poder investigada pelo filósofo Michel Foucault, apresenta-nos que
o poder não se dá de forma estrutural, nem estanque, muito menos depende
exclusivamente das posições sociais que os indivíduos ocupam. O poder é um jogo
de forças que se estabelece em toda e qualquer relação humana e deve ser
analisado de forma imanente e situacional, percebendo que é fluido, produtor e
relacional.
Essa ideia
pode ser entendida como:
a) A teoria da
“soma zero”
b) A
resistência intencional
c) A
perspectiva macroestrutural
d) A visão
microscópica do poder
e) A visão
macroscópica do poder
22. De acordo
com o conceito de Democracia, construída como modelo de governo na Grécia
Antiga, mais especificamente em Atenas, marque o item que melhor apresenta o
entendimento sobre o conceito:
a) O modelo
democrático ateniense era especificamente a atribuição do poder do governo aos
melhores políticos.
b) Democracia
significava especificamente um governo que baseia o poder da cidade a partir da
participação dos moradores da cidade.
c) Oligarquias
e Aristocracias são modelos arcaicos e antagônicos à Democracia no que toca à
quantidade de participantes na vida política.
d) A tirania
como deturpação do modelo político democrático, leva aos chefes de Estado a
subverterem o poder maior que eles têm sobre seus súditos.
e) A
Democracia como modelo de governo construído em Atenas tinha como princípio
atribuir o poder àqueles que poderiam participar da vida política, portanto, os
cidadãos.
23. Para
Aristóteles a comunidade política não é uma “invenção”, é uma realização
natural, própria dos seres humanos, e tem como finalidade “o bem viver juntos”,
ou seja, a Felicidade. Em Atenas, onde passou boa parte da vida, Aristóteles
era um crítico da Democracia. A democracia ateniense é reconhecida como a
primeira forma de governar a partir do poder da própria população, de forma
direta, mas tinha suas limitações, que podem ser identificadas na alternativa:
a) Só
participavam da vida política os anciãos, que se reuniam em um conselho dos
anciãos, uma vez por mês.
b)
Participavam ativamente da política somente os nascentes na cidade, homens,
maiores de idade e proprietários de terra.
c) Os
filósofos eram excluídos da vida política, pois eram vistos como pessoas
subversoras e ateístas, não respeitando a autoridade divina.
d) A crítica
de Aristóteles é exatamente sobre a Democracia em Atenas possibilitar a
participação de qualquer pessoa, portanto, uma limitação do uso ético na
política.
e) Era
proibido às mulheres solteiras participarem desacompanhadas das assembleias, só
podendo votar se fossem com seus responsáveis, maridos ou pais.
24. (UFSM -
adaptada) “Todavia, como é meu intento escrever coisa útil para os que se
interessam, pareceu-me mais conveniente procurar a verdade pelo efeito das
coisas, do que pelo que delas se possa imaginar. E muita gente imaginou
repúblicas e principados que nunca serviram nem jamais foram reconhecidos como
verdadeiros. Vai tanta diferença entre como se vive e o modo por que se deveria
viver, que quem se preocupar com o que se deveria fazer em vez do que se faz
aprende antes a ruína própria, do que o modo de se preservar.” (O Príncipe,
Maquiavel.)
Nessa
passagem, Maquiavel mostra que o domínio das ações humanas, no qual está
incluída a política, deve ser concebido sob uma perspectiva realista.
Sobre essa
maneira de conceber a política, é possível afirmar:
I. A política
deve valorizar as experiências e os acontecimentos.
II. A política
deve sempre ser pensada a partir de modelos ideais e da busca de soluções
definitivas.
III.
Concebe-se que a política deve se regular pelo modo como vivemos e não como
deveríamos viver.
IV. Defende-se
que a política deve ser orientada por valores universais e crenças sobre como
deveria ser a vida em sociedade.
Está(ão)
correta(s) a(s) afirmativa(s):
a) I e II
apenas. b) I e III apenas. c) II e III apenas. d) III e IV apenas. e) IV apenas.
25. Étienne de
La Boétie foi um filósofo francês do século XVI que ficou conhecido por escrever
o Discurso da Servidão Voluntária, depois
da derrota do povo francês contra o exército e fiscais do rei, que
estabeleceram um novo imposto sobre o sal. Em um dos célebres trechos deste seu
Discurso ele escreve: “Quando um
indivíduo manda, seu poder vem não dele mesmo, mas dos outros que se submetem.”,
indicando aí:
a) Que a
partir da crítica pode-se derrubar um tirano.
b) Que o autor
indica que a vontade do rei deve ser a vontade de Deus.
c) Que para o
autor, o rei necessita do apoio da elite de um país para se manter no poder.
d) Que a
vontade de um indivíduo prevalece diante da vontade da maioria, sendo este um
princípio do poder.
e) Que as
pessoas acostumam-se a servir e se acovardam diante do poder do rei, submetendo-se
às suas vontades.
GAB: D, E, B, B, E
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