quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Palestras e Minicursos do XXVI ENEFIL

o XXVI ENEFIL que está sendo organizado em Fortaleza, nas Universidades Federal do Ceará e Estadual do Ceará, pelos alunos do curso de Filosofia.
No período de 17 a 24 de janeiro de 2010 contará com:

Palestras:

Plano Latino de Educação
- Profª. Drª. Adelaide Gonçalves

O papel Crítico e questionador da Filosofia sobre o atual Modelo de Educação
- Prof. Dr. Zé Maria Arruda
- Prof. Dr. Emiliano Fortaleza de Aquino

A Expansão da Filosofia no Brasil: Uma Busca de Novas Perspectivas
- Profª Drª Ilana Viana do Amaral

O Papel da Filosofia no Brasil e na América Latina como um Meio de Transformação Social
- Prof. Ms. Ricardo George de Araújo

Minicursos:

Heidegger e o problema fenomenológico da vida - Dr. Nélson Souza Júnior (PA)

A Crítica Fenomenológica de Sartre à Psicologia e suas possiveis repercussões na Educação - Msª Eliana Paiva e Ms. Carlos Henrique Carvalho (CE)

Filosofia Política: Uma abordagem do Poder e do Estado na tradição filosófica - Ms. Ricardo George (PE)

Ecos Marxistas na Educação: uma leitura de Lukács e Mészáros - Drª Fatima Nobre (CE) e Roberta Bandeira (Doutoranda UFMG)

Corpo e Expressividade - André Bonfim (Doutorando PUC/RS)

Uma Introdução à Lógica - Anselmo Leão (Mestrando UECE)

Maiores Informações:

http://enefil2010.blogspot.com/

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

XXVI ENEFIL (Fortaleza - CE)



FILOSOFIA E EDUCAÇÃO: Um Debate Sobre a Realidade Latino Americana.

O XXVI ENEFIL ocorrerá em Fortaleza do dia 17 a 24 de Janeiro de 2010.

Local:
* Universidade Estadual do Ceará
Centro de Humanidades - CH
Endereço: Av. Luciano Carneiro, 345 - Bairro de Fatima

* Universidade Federal do Ceará
Centro de Humanidades - CH
Endereço: Av. da Universidade, 2762 - Benfica

Local de Alojamento:
Departamento de História - CH da UFC
Endereço: Av. da Universidade 2762 - Benfica

Obs. O Evento será sediado nas duas Universidades.

Maiores Informações:
http://enefil2010.blogspot.com/

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

CONSIDERAÇÕES BEAUVOIRIANAS SOBRE O EXISTENCIALISMO

Fernando Luiz Duarte Junior

Resumo:

Em O Existencialismo e a Sabedoria das Nações (uma compilação de artigos de Simone de Beauvoir, datados da década de 1940), Simone de Beauvoir nos apresenta certos pensamentos que podem ser entendidos como a “sabedoria popular” que é preciso pô-los em questão. Pensamentos sobre a moral, a política e em especial, o pensamento que se tem sobre a filosofia existencialista, a qual ela critica afirmando que os que julgam o existencialismo como um “miserabilismo” estão equivocados e não entendem a proposta, são postos em análise à visão da “escrevente” francesa. Podemos perceber após a leitura, uma nova defesa da “filosofia da transcendência”, e sem esquecer, sempre arraigado da questão ética existencialista: “querer-se livre é querer os outros livres” (encontrado também em outros escritos da filósofa do mesmo período, como o livro Por uma moral da ambiguidade de 1947). E são estas considerações que apresentaremos neste trabalho: Uma crítica beauvoiriana da visão popular sobre a moral, política e a própria filosofia existencialista, fundamentado na proposta ética existencialista.

Palavras Chaves: Existencialismo. Sabedoria Popular. Simone de Beauvoir.

A JUSTIFICATIVA DO PODER ABSOLUTO EM THOMAS HOBBES

MARCOS VINICIUS BARROSO RODRIGUES

Resumo:

A seguinte comunicação tem como objetivo expor os argumentos de Thomas Hobbes (1588-1679) no que concerne a justificação da existência do poder absolutista, com base nas obras Do cidadão (1649) e o Leviatã (1651). Esse pensador justificará o poder do soberano com argumentos de caráter racional, diferentemente de outras justificativas, cujo caráter é apenas teológico. Para Hobbes, será através do estado natural do homem que o poder do soberano terá sua existência explicada, pois, por viverem em um incessante estado de guerra os homens estabelecem um pacto objetivando sua preservação. Dessa maneira abdicam de seus direitos delegando-os a um soberano, desse modo, torna-se então possível o surgimento do estado civil fundamentado no absolutismo. Far-se-á, portanto, uma análise sobre o argumento de Thomas Hobbes, estabelecendo, assim, um paralelo com outras justificativas sobre o poder do soberano, dessa maneira, encontrar-se-á o ponto que diferencia este pensador dos demais teóricos do sistema absolutista, além de evidenciar sua crítica em relação ao governo democrático. Conclui-se que o absolutismo será a forma de governo mais adequada para manter o pacto estabelecido pelos homens, do qual originou a sociedade civil, pois, neste sistema, o soberano irá evitar o retorno dos homens ao seu estado natural, ou seja, de guerra. Com efeito, sob as ordens de um sistema de governo, será possível a preservação da espécie humana.

Palavras Chaves: Poder. Soberano. Pacto.

A ESTIMA EM SI, A SOLICITUDE E O SENTIDO DE JUSTIÇA, COMO FUNDAMENTOS DA ÉTICA EM PAUL RICOEUR


ELVIRA ROSA GUIMARAES PALMERIO

Resumo:

O filósofo francês Paul Ricoeur buscou superar a oposição entre ética e moral, construindo um conceito de sabedoria prática, tomando por fundamento as premissas anteriormente elaboradas por Aristóteles e Kant. Para tal, tenta articular a estima em si, a solicitude e o sentido de justiça, como pressupostos da ética fundamental para a existência de instituições justas. Ricoeur expôs essa tese, por ele denominada de pequena ética, na obra Soi Même comme un autre, publicando simultaneamente vários artigos esclarecedores desta. Nesse contexto, para o presente estudo utilizou-se do escrito Ética e Moral, publicado originalmente na França, em 1990, o qual integra a coletânea Leituras, volume 1, intitulado Em torno ao político. O teor estudado indica a característica teleológica da ética segundo Aristóteles, bem como a identidade deontológica da moral conforme Kant, ou deseja, é estabelecida a linha que separa os conceitos finalidade e dever. Verifica-se que Ricoeur leciona que a intenção ética compreende necessariamente três pressupostos: intenção de vida boa, com e para os outros, em instituições justas. Já a norma moral é percebida pelo autor como um formalismo necessário à ética, para que não se faça ao outro o que não queres que te façam e, nesse sentido, Ricoeur aduz que a moral travestida de solicitude se justifica como embargo à violência e à ameaça de violência. Assim, por trás do formalismo, o filósofo compreende que a solicitude faz a transição entre a estima em si e o sentido ético de justiça, compondo a ética em si. O autor finaliza seu preceito invocando uma sabedoria prática, vez que essa, segundo ele, permite que haja equidade no sentido de justiça, uma vez que somente por meio dela é possível a concretização real de um processo de distribuição justo e igualitário. Conclui-se que Paul Ricoeur, ao compor a sua tese ética, defende que apenas será possível a real existência de instituições justas, aqui compreendidas como um sistema de partilha, que se refere a direitos e deveres, rendimentos e patrimônios, responsabilidades e encargos, quando a humanidade formalizar a moral considerando-a a partir de uma intenção ética na qual, sobretudo, é preciso ver o outro como a si mesmo.

Palavras Chaves: Ética. Moral. Justiça.