terça-feira, 24 de maio de 2011

III Jornada Heidegger - UFRN



II Semana de Filosofia - UERJ

II Semana de Filosofia - “O Ator da Vida: A Filosofia que corre nas veias do artista”
Apresentação:
Após alguns anos, os alunos da graduação de filosofia da UERJ se reuniram para organizar a semana de graduação. Com o tema escolhido -a arte e a filosofia- visamos fazer a identificação do público com os artistas, trazendo uma interpretação para a vida diária e mostrar que o pensamento permeia o cotidiano. Por isso o subtítulo: “A Filosofia que corre nas veias do artista”, no sentido de que a arte e a filosofia são como o sangue que corre em nós, presente em tudo o que fazemos e nos relacionamos.
Buscamos no campo da arte, leia-se o cinema, a música, a poesia e a literatura, como as questões filosóficas não morrem. Questões persistentes acerca da vida e que, desde sempre, nunca deixaram de aparecer.
A idéia aqui não é mostrar a filosofia como uma “filosofia de vida”, mas como suas questões mais fundamentais ainda se mostram para nós meio a essas artes. O objetivo do evento é trazer uma interpretação para a vida através da arte e da filosofia.
Convidamos a todos os interessados, seja na área da filosofia ou não, para participarem conosco na semana.

Normas para envio de resumo:

1. Os trabalhos podem versar sobre filosofia, filosofia e música, filosofia e literatura, filosofia e poesia, filosofia e cinema.
2. Os trabalhos devem ser escritos em fonte Times New Roman, de 3 a 5 palavras-chaves, espaçamento 1,5, com 1500 a 3000 caracteres com espaçamento (paragrafo único).
3. No cabeçalho deve constar o titulo do trabalho, nome e sobrenome do autor, a universidade a que é vinculado e o e-mail do autor,
4. O período para a inscrição de trabalhos vai do dia 3 de Maio ao dia 30 de Junho. Os trabalhos devem ser enviados para cafiluerj@gmail.com
5. Os trabalhos serão submetidos à análise da Comissão Científica, a quem compete emitir sugestões aos autores.
6. A confirmação de aceite do trabalho será emitida pela Comissão Científica em até 20 dias úteis, contados a partir do recebimento do trabalho.
7. A listagem completa e definitiva dos trabalhos e a divisão das apresentações em temas e salas serão divulgadas até o dia 20 de julho de 2011
8. É permitida a apresentação de apenas um trabalho por autor.

Comissão Científica:
Juliana Tutunji e Peter Franco



http://cafil-uerj.blogspot.com/2011/05/ii-semana-de-filosofia-o-ator-da-vida.html

domingo, 15 de maio de 2011

A problemática do ensino de filosofia: desafios e dificuldades do ensino Filosófico.


Karoline Feitosa Cavalcante ¹

O objetivo desta comunicação é discorrer sobre o desafio de ensinar Filosofia, tendo em vista as regras do sistema educacional que muitas vezes não condizem com a metodologia filosófica. Também pretendo discorrer as aspirações para o futuro do ensino. É notável a dificuldade encontrada pela maioria dos educadores quando vão lecionar Filosofia, pois ela é vista pelos alunos, muitas vezes, como uma matéria desnecessária e eles buscam algo que lhes dêem retorno material devido ao modelo capitalista em que vivemos onde a Filosofia não trará tal retorno. Criou-se então um sistema educacional para dar suporte ao industrialismo e ao capitalismo. Nesse sistema existe uma hierarquia, no qual eles valorizam primeiramente matérias como, matemática e línguas, depois as matérias que condizem com a área de humanas e por último as artes que englobam pintura, música, teatro e dança. Essa hierarquia apóia a idéia de que devemos aprender e ser condicionados ao trabalho e isso dificulta mais ainda o ensino de Filosofia, uma vez que nossa sociedade é pautada nos moldes imediatistas, portanto, tecnicista. A estrutura da escola tem como base um método de ensino maquinal e monologal, no qual o discente é visto como um mero reprodutor do conhecimento que se acha desprendido da realidade existencial do aluno. A escola também sofre influência do behavorismo, e a Filosofia vem para tentar mudar esse conceito, que está mais do que ultrapassado. Por meio da minha pesquisa quero salientar a importância e a necessidade do ensino de Filosofia para ajudar o aluno a obter um pensamento mais crítico e ter uma perspectiva maior e não apenas mais um conteúdo a ser decorado.



Palavras-Chave: Sistema educacional. Ensino de filosofia. Perspectivas de ensino.

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1 - Graduanda em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará. Email: karolinefcavalcante@gmail.com

Divulgação de Conhecimento

Divulgar Conhecimento/Informação/Cultura vejo quase como uma obrigação.

Vivemos em um tempo onde muitas pessoas ainda não tem a oportunidade de conhecer seu próprio pensamento. Sua própria identidade cultural, construída ao longo da história da humanidade. Eis que isso é a maior contradição por também estarmos vivendo em um tempo que as informações são bombardeadas a todo instante, segundo, em nós.

Existem sites em que podemos fazer download de livros para lermos. E isso é uma das melhores coisas que o nosso tempo nos proporciona, na medida do possível, eis que o preço dos livros é de uma acessibilidade quase privilegiada. Se é que me entendem...

Enfim, encontrei mais um site para baixar livros com vários assuntos, como Filosofia, Educação, Psicologia e Política, e aqui repasso a vocês:

http://www.culturaacademica.com.br/assuntos.asp


Resumo de Pedagogia do Oprimido (Paulo Freire)


Fernando Luiz Duarte Junior






Utiliza-se neste resumo: FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
            A obra em questão conta com um prefácio de Ernani Maria Fiori onde é explicitado o pensamento de Freire sobre a práxis, a liberdade, a cultura, a palavra, dentre outros, é também explicitado o como e o porque do autor chegar à conclusão de que é através da problematização da situação vivida que o oprimido pode chegar a se libertar em comunhão. Aborda também o chamado “Método Paulo Freire” de alfabetização, que difere do tradicional porque procura fazer com que o educando aprenda a ler e escrever não de forma mecânica e alienada, mas de forma consciente em jogo com sua própria realidade, por isso exige-se uma conscientização como sujeito historicossocial e cultural enquanto se aprende.
            Após o prefácio, de suma importância para o conhecimento introdutório do pensamento do autor na obra, segue-se a divisão que Paulo Freire fez de sua obra: As Primeiras Palavras – nesta parte da obra Freire dedica-se a relatar sua observação feita do papel da conscientização para uma educação libertadora. Diz ter observado um “medo da liberdade” que muitos apresentam, preferindo a consciência mítica obscurecedora e cerceadora do potencial humano ao invés da consciência crítica, criadora e afirmadora da liberdade dos homens[1], afirmando também, e portanto, que a conscientização propõe por em discussão o status quo, ameaçando suas pretensas bases sólidas fixadas em um imanentismo que nega o fluxo da historicidade e da criação humana em sua liberdade. – , o Capítulo I – aqui Freire dará suas justificativas, seus pressupostos para a “Pedagogia do Oprimido”, subdividindo-se em: a) A contradição opressores-oprimidos. Sua superação; b) A situação concreta de opressão e os opressores; c) A situação concreta de opressão e os oprimidos; e por último, d) Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens libertam-se em comunhão. Freire neste capítulo afirma também a possibilidade dos homens tanto para a humanização como para a desumanização, porém, a desumanização encontra-se em realidade, e ela nega a vocação dos homens para “Ser Mais”.[2] Percebe-se também que no negar, com a opressão, também se afirma no anseio da liberdade, na luta dos oprimidos pela recuperação de sua humanidade. É na busca por essa libertação, uma libertação de todos, por essa afirmação do Ser Mais, pela humanização face à desumanização, que os oprimidos precisam “dizer a sua palavra”, que será Verdadeira, tornando-se sujeitos da história, e não mais objetos passivos que assumem a palavra do opressor, que é Falsa, introjetada como se fosse sua. – , o Capítulo II – aqui Freire falará da importância da educação na formação desses sujeitos críticos e conscientes de suas possibilidades para o Ser Mais negado pela atual estrutura afirmadora do Ser Menos, e subdivide-se em: a) A concepção “bancária” da educação como instrumento da opressão. Seus pressupostos, sua crítica; b) A concepção problematizadora e libertadora da educação. Seus pressupostos; c) A concepção “bancária” e a contradição educador-educando; d) Ninguém educa ninguém, ninguém se educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo; e, e) O homem como um ser inconcluso, consciente de sua inconclusão, e seu permanente movimento de busca do ser mais. – o Capítulo III – neste capítulo o autor afirmará a palavra como primeiro elemento do diálogo e como possibilidade desveladora da opressão, demonstrando a possibilidade de ligação entre os homens através de sua palavra, Verdadeira. Este capítulo subdivide-se em: a) A dialogicidade, essência da educação como prática da liberdade; b) Educação dialógica e diálogo; c) O diálogo começa na busca do conteúdo programático; d) As relações homens-mundo, os temas geradores e sua metodologia; por último, e) A significação conscientizadora da investigação dos temas geradores. Os vários momentos da investigação. – e o último, Capítulo IV – este mostra a contraposição lógica do capítulo anterior, da palavra como possibilidade de desvelamento da opressão, como práxis. Mostra a palavra como também uma possibilidade de antipráxis, afirmando a teoria antidialógica. Subdivide-se em: a) A teoria da ação antidialógica; b) A teoria da ação antidialógica e suas características: a conquista, dividir para manter a opressão, a manipulação e a invasão cultural; e, por último, em uma espécie de conclusão reafirmativa da ação dialógica, c) A teoria da ação dialógica e suas características: a colaboração, a união, a organização e a síntese cultural.



[1] Os que preferem a consciência mítica dizem ser a consciência crítica perigosa e mensageira da dor e injustiça. E inserindo a categoria “Palavra”, Freire escreve: “Raro, porém, é o que manifesta explicitamente este receio da liberdade. Sua tendência é, antes, camuflá-lo, num jogo manhoso, ainda que, às vezes, inconsciente. Jogo artificioso de palavras [grifo nosso] em que aparece ou pretende aparecer como o que defende a liberdade e não como o que a teme.” (Op. Cit. p. 25).
[2] Freire escreve: “Na verdade, se admitíssemos que a desumanização é a vocação histórica dos homens, nada mais teríamos que fazer, a não ser adotar uma atitude cínica de total desespero. A luta pela humanização, pelo trabalho livre, pela desalianeção, pela afirmação dos homens como pessoas, como seres para si, não teria significação. Esta somente é possível porque a desumanização, mesmo que um fato concreto na história, não é, porém, destino dado, mas resultado de uma “ordem” injusta que gera a violência dos opressores e esta, o ser menos.” (Op. Cit. p. 32).