quarta-feira, 30 de abril de 2014

Questões de Filosofia para o Ensino Médio e Fundamental II



Sabemos que a obrigatoriedade do ensino de Filosofia no Ensino Básico ainda passa por dificuldades, no que tange a material didático, para alunos e para professores, e o sofrimento que alguns de nossos colegas, jovens professores passam para elaborar suas questões, muitas vezes da cabeça, tomando dias...

Para isso, decidi criar uma parte neste blog dedicado a troca de questões...


Como sou professor desde 2011, sei como é o processo de elaboração de uma prova, pelo menos eu sofri bastante nos meus primeiros dois anos, tendo que inventar questões, procurar textos, referências, adequar linguagem...

Então, vou compartilhar algumas das questões que já elaborei para avaliações aqui.

OBSERVAÇÃO: ESTOU COMPARTILHANDO ALGUMAS QUESTÕES FRUTO DO MEU TRABALHO E ESFORÇO PESSOAL, ALGUMAS PEGUEI NA PRÓPRIA INTERNET, MAS ESTÃO REFERENCIADAS, SEMPRE.
PORTANTO, NÃO APOIO A LIVRE CÓPIA, SE POSSÍVEL, SEMPRE QUE POSSÍVEL, REFERENCIAR DE ONDE FORAM TIRADAS AS QUESTÕES, OU PRODUZIR SUAS PRÓPRIAS.

Quem quiser contribuir, manda um email para mim, ou deixa um comentário.

 TEORIA DO CONHECIMENTO
1)    Kant, embora alemão, tendo vivido no século XVIII foi um grande entusiasta da Revolução Francesa. Ele procurou não só unir, mas, sobretudo ultrapassar, no sentido de responder aos anseios deixados pelos limites das correntes que propunham o estudo do pensamento humano, o Racionalismo de Descartes e Leibniz e o Empirismo de John Locke. Kant procurou uma saída tanto para o Racionalismo extremado que afirmava que o conhecimento sobre as coisas seria puramente de ordem racional, como para o Empirismo, onde afirmava que as experiências são o caminho para o conhecimento. Nesta saída Kant propunha:
a)         Tanto o Racionalismo como o Empirismo estavam equivocados e era preciso criar uma nova forma de entender como se constrói o conhecimento, esta nova forma seria o da Razão Pura Prática.
b)         Tanto o Racionalismo como o Empirismo tinham sua parcela de verdade, o primeiro no que dizia que o conhecimento é racional, e o segundo, no que dizia que o conhecimento é experiencial, porém para Kant haveria estruturas prévias no sujeito, estruturas cognitivas a priori, que só se completavam com a experiência, a posteriori.
c)         Kant propunha o Idealismo Transcendental, que consiste na negação da realidade física a favor da realidade do pensamento puro prático, aproximando assim as duas correntes citadas.
d)      Kant na verdade não conseguiu afirmar uma outra saída para o impasse entre Racionalismo e Empirismo.
e)         Kant encontra a resposta para o impasse na afirmação do Imperativo Categórico, que tinha a Boa Vontade como primeiro princípio de toda ação, portanto, tanto Descartes quanto Locke estavam corretos.

2)   O pensamento do filósofo alemão, Immanuel Kant, situa-se dentro do período histórico do Iluminismo. O que esta afirmação implica?
a)       Kant acreditava que era preciso uma revolução socialista para quebrar o paradigma da falta de liberdade.
b)         Kant acreditava na Razão como guiadora fundamental do homem em contraposição a misticidade e dogmaticidade cristã do período medieval.
c)      Kant acreditava que os homens caminhavam para um reino definitivo de liberdade, igualdade e fraternidade que viria após a negação da ascenção burguesa.
d)      Kant acreditava que a Alemanha, assim como a França, vivia um período de forte repressão política e social que precisaria ser negada desde a raiz.

3)        “Os pensadores que defendiam estes ideais acreditavam que o pensamento racional deveria ser levado adiante substituindo as crenças religiosas e o misticismo, que, segundo eles, bloqueavam a evolução do homem. O homem deveria ser o centro e passar a buscar respostas para as questões que, até então, eram justificadas somente pela fé.  O apogeu deste movimento foi atingido no século XVIII, e, este, passou a ser conhecido como o Século das Luzes.”
O movimento ao qual o texto se refere é:
a) Iluminismo         c) Modernismo
b) Racionalismo     d) Criticismo

4)     Segundo Kant, em seu texto “Resposta à Pergunta: O que é o Esclarecimento?”, diz que a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado significa:
a) A capacidade de guiar-se por si mesmo após completar 18 anos.
b) O Esclarecimento
c) A Iluminação
d) O pleno desenvolvimento da Razão.

5)    Para Kant só temos acesso às coisas enquanto fenômenos para uma consciência. O que a realidade é, em si mesma, o que Kant chama de coisa-em-si, não é matéria de conhecimento humano, sendo, portanto, incognoscível (aquilo que não pode ser conhecido).
Porque a coisa-em-si não pode ser conhecida?
a)   Porque para Kant é preciso passar pela experiência para ser conhecida, e nós não podemos experienciar a realidade em si mesma das coisas, ou seja, a coisa-em-si.
b)     Porque a coisa-em-si, embora possa ser afirmada em pensamento não existe de fato.
c)  O mundo estando dividido entre fenomênico e noumênico, apenas alguns raros conseguem ultrapassar o mundo fenomênico, alcançando assim o mundo noumênico, onde está a realidade em si mesma.
d)  A coisa-em-si não pode ser conhecida porque Kant afirma, pelo Idealismo Transcendental, que todas as coisas são o que são como são apresentadas, não havendo divisão entre coisa-em-si e fenômeno apresentado.
e)   A coisa-em-si pode ser conhecida através da liberdade e da autonomia, como não somos livres não a conhecemos.

6)   “O pensador britânico [Francis Bacon], preocupado com a exagerada abstratividade das teorias tradicionais, herdadas da Idade Média, empenhou-se numa enérgica revalorização de um conhecimento que permanecesse mais próximo do nível empírico, da experiência, da observação direta dos fatos. Para ele, era preciso levar os seres humanos ao ‘trato direto das coisas’, para ajudá-los a se libertar do cipoal de noções falsas que lhes eram inculcadas (...)”. (KONDER, 2002, p. 18).
As noções falsas para Francis Bacon eram chamadas e divididas em:
a)      Mitos, e eram divididas em: Mitologia Grega, Mitologia Romana e Mitologia Nórdica.
b)      Ideologias, e eram divididas em: Ideologia burguesa e Ideologia proletária.
c)    Ídolos, e eram divididos em: Ídolos da Tribo, Ídolos da Sociedade, Ídolos do Teatro e Ídolos da Linguagem.
d)     Ídolos, e eram divididos em: Ídolos da Tribo, Ídolos do Foro, Ídolos da Caverna e Ídolos do Teatro.
e) Organum, dividida em velho e novo Organum.

7)   René Descartes (1596 – 1650), filósofo moderno e racionalista, dizia que existem dois princípios que impedem o conhecimento verdadeiro. Quais seriam?
a) A prevenção, que é a facilidade com que nosso espírito se deixa levar pelas opiniões e ideias alheias, sem se preocupar em verificar se elas são ou não verdadeiras; e a precipitação, que é a facilidade e a velocidade com que nossa vontade nos faz emitir juízos sobre as coisas antes de verificarmos se nossas ideias são ou não verdadeiras.
b) A evidencialidade, que é a possibilidade de tomar algo como axiomático, ou seja, ao ter algo à frente, já poderíamos falar tudo sobre o que aquilo poderia representar, podendo ocorrer erros posteriormente em uma análise mais pormenorizada; e a prepotência, que é acreditar-se mais inteligente e mais certo que outros, podendo assim, dificilmente estar errado.
c) A falta de racionalidade e a falta de cientificidade que impedem que se chegue ao conhecimento verdadeiro sobre todas as coisas de forma coesa.
d) A precipitação, que é a facilidade com que nosso espírito se deixa levar pelas opiniões e ideias alheias, sem se preocupar em verificar se elas são ou não verdadeiras; e a previsão, que é a facilidade e a velocidade com que nossa vontade nos faz emitir juízos sobre as coisas antes de verificarmos se nossas ideias são ou não verdadeiras.
e) A previsão, que é a facilidade com que nosso espírito se deixa levar pelas opiniões e ideias alheias, sem se preocupar em verificar se elas são ou não verdadeiras; e a antecipação, que é a facilidade e a velocidade com que nossa vontade nos faz emitir juízos sobre as coisas antes de verificarmos se nossas ideias são ou não verdadeiras.

8)     “Tudo o que sabemos existir nos é dado pelas sensações e percepções, portanto, pela experiência. Visto que a experiência nos mostra e nos dá a conhecer apenas as coisas particulares e singulares, somente elas existem. Por conseguinte, as ideias gerais ou universais não correspondem a realidades ou a essências existentes, mas são nomes que instituímos por convenção para organizar nosso pensamento e nossos discursos.” (CHAUÍ, 2010, p. 50).
Esta afirmação representa o pensamento:
a)         De Platão.
b)         De Descartes.
c)         Do Racionalismo em geral.
d)         Do Empirismo em geral.
e)         Dos filósofos modernos.

9)      Jhon Locke escreve no seu “Ensaio sobre o Entendimento Humano”:
“Visto que o entendimento situa o homem acima dos outros seres sensíveis e dá-lhe toda vantagem e todo domínio que tem sobre eles, seu estudo consiste certamente num tópico que, por sua nobreza, é merecedor de nosso trabalho de investigá-lo. O entendimento, como o olho, que nos faz ver e perceber todas as outras coisas, não se observa a si mesmo; requer arte e esforço situá-lo a distância e fazê-lo seu próprio objeto.”
O que queria dizer?
a)    Que o ser humano é mais importante que os outros seres, pois é óbvio a sua possibilidade de mudança e de adaptação da natureza para sua vida.
b)      Que todo homem deve ser encarado como nobre, diferente do que acreditava a classe da nobreza dos Estados Modernos, que eram profundamente segregadores e tinham receio do povo subir ao poder.
c)       Que é preciso estudar o pensamento, porém para isso é preciso um método rígido e preciso por ser difícil usar o pensamento para pensar o próprio. Iniciando assim a Teoria do Conhecimento.
d)     Que, assim como Aristóteles, o conhecimento deveria partir da sensibilidade, tendo assim um “passo-a-passo” para se chegar ao conhecimento verdadeiro sobre as coisas.
e)      Que o entendimento é o olho que vê o que acontece ao redor no mundo e em si, sendo, portanto, muito complicado enxergar tudo de maneira universal.

10)     René Descartes, francês nascido em 1596 e morto em 1650, notabilizou-se sobretudo por seu trabalho revolucionário na filosofia e na ciência, mas também obteve reconhecimento matemático por sugerir a fusão da álgebra com a geometria - fato que gerou a geometria analítica e o sistema de coordenadas que hoje leva o seu nome. Ele foi uma das figuras-chave na Revolução Científica.
Descartes, por vezes chamado de "o fundador da filosofia moderna" e o "pai da matemática moderna", é considerado um dos pensadores mais importantes e influentes da História do Pensamento Ocidental. Inspirou contemporâneos e várias gerações de filósofos posteriores; boa parte da filosofia escrita a partir de então foi uma reação às suas obras ou a autores supostamente influenciados por ele. Muitos especialistas afirmam que a partir de Descartes inaugurou-se o:
a)       Racionalismo da Idade Moderna.
b)       Empirismo da Idade Moderna.
c)       Cientificismo do Renascimento.
d)       Naturalismo.
e)       Ceticismo.

NASCIMENTO DA FILOSOFIA E FILOSOFIA ANTIGA

1)      (UFU 2010 - adaptada) Em um importante trecho da sua obra Metafísica, Aristóteles se refere a Sócrates nos seguintes termos: “Sócrates ocupava-se de questões éticas e não da natureza em sua totalidade, mas buscava o universal no âmbito daquelas questões, tendo sido o primeiro a fixar a atenção nas definições.”
(Aristóteles, Metafísica, A6, 987b 1-3, trad. Marcelo Perine, São Paulo: Loyola, 2002.)
Com base na Filosofia de Sócrates e no trecho supracitado, assinale a alternativa correta:
a)       O método utilizado por Sócrates consistia em um exercício dialético, cujo objetivo era livrar o seu interlocutor do erro e do preconceito – com o prévio reconhecimento da própria ignorância – , e levá-lo a formular conceitos de validade universal (definições).
b)       Sócrates era, na verdade, um filósofo da natureza. Para ele, a investigação filosófica é a busca pela “Arché”, pelo princípio supremo do Cosmos. Por isso, o método socrático era idêntico aos utilizados pelos filósofos que o antecederam (Pré-socráticos).
c)     O método socrático era empregado simplesmente para ridicularizar os homens, colocando-os diante da própria ignorância. Para Sócrates, conceitos universais são inatingíveis para o homem; por isso, para ele, as definições são sempre relativas e subjetivas, algo que confirmou com a máxima “O Homem é a medida de todas as coisas”.
d)       Sócrates desejava melhorar os seus concidadãos por meio da investigação filosófica. Para ele, isso implica não buscar “o que é”, mas aperfeiçoar “o que parece ser”. Por isso, diz o filósofo, o fundamento da vida moral é, em última instância, o egoísmo, ou seja, o que é o bem para o indivíduo num dado momento de sua existência.
e)       Aristóteles como um continuador das ideias de Sócrates e Platão, principalmente das ideias ligadas ao âmbito do conhecimento, assemelhava-se e reconhecia-se na afirmação de que o que é verdadeiro é universal, portanto, um conceito, a definição de um objeto deve dar-se de forma universal, e o que tem de mais universal no mundo de que o homem tem acesso é a razão.

2)    (UFU 2002 - adaptada) “Mas quem fosse inteligente (...) lembrar-se ia de que as perturbações visuais são duplas, e por dupla causa, da passagem da luz à sombra, e da sombra à luz. Se compreendesse que o mesmo se passa com a alma, quando visse alguma perturbada e incapaz de ver, não riria sem razão, mas reparava se ela não estaria antes ofuscada por falta de hábito, por vir de uma vida mais luminosa, ou se, por vir de uma maior ignorância a uma luz mais brilhante, não estaria deslumbrada por reflexos demasiadamente refulgentes [brilhantes]; à primeira, deveria felicitar pelas suas condições e pelo seu gênero de vida; da segunda, ter compaixão e, se quisesse troçar dela, seria menos risível esta zombaria do que aquela que descia do mundo luminoso.”
(A República, 518 a-b, trad. Maria Helena da Rocha Pereira, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1987.)
Sobre este trecho do livro VII de A República de Platão, é correto afirmar:
I.      A condição de quem vive nas sombras é digna de compaixão.
II.    O filósofo, sendo aquele que passa da luz à sombra, não tem problema em retornar às sombras.
III.   O trecho estabelece entre o mundo visível e o inteligível, fundada em uma comparação entre o olho e a alma.
IV.    No trecho, é afirmado que o conhecimento não necessita de educação, pois quem se encontraria nas sombras facilmente se acostumaria à luz.
Marque a alternativa que contém todas as afirmações corretas:
a)      II e III      c) I e III       e) I e II
b)      I e IV      d) III e IV

3)    “Além de possuir data e local de nascimento e de possuir seu primeiro autor, a Filosofia possui um conteúdo preciso ao nascer” (CHAUÍ, 2010, p. 22).
A Filosofia ao nascer tinha como principal conteúdo:
a)   A busca de um conhecimento organizado racionalmente sobre o mundo (entendido enquanto kósmos) e sobre a natureza (entendida enquanto physis).
b)   A Ética e a Política, teorizada nas principais obras da Grécia Antiga como a Ética a Nicômacos de Aristóteles e nA República de Platão.
c)     A crítica a poesia e a literatura, vista pelos filósofos como deturpadoras da realidade.
d)  A análise crítica dos mitos, propondo uma genealogia da Terra com base nos conhecimentos da tradição religiosa oriental, que possuía uma maior carga de consciência crítica.

4)    Os filósofos da Antiguidade Heráclito e Parmênides podem ser tidos como os fundadores de duas tradições diferentes de pensamento na Filosofia. Qual a diferença que existe no pensamento de Heráclito e Parmênides e como isso influenciaria hoje?
a)       Heráclito acredita que o principio de tudo é a água e Parmênides o ar, sendo assim, damos mais importância hoje a água que o ar para a vida do ser humano, demonstrando como o pensamento de He-ráclito foi escolhido como o mais importante até os tempos de hoje.
b)       Parmênides acredita que o principio de tudo é a água e Heráclito o ar, sendo assim, damos mais importância hoje a água que o ar para a vida do ser humano, demonstrando como o pensamento de Parmênides foi escolhido como o mais importante até os tempos de hoje.
c)       Parmênides pensa que tudo o que existe, existe e sempre existiu como é, enquanto que Heráclito acredita que tudo flui, tudo muda, assim sendo, o pensamento de Parmênides instaura uma certa comodidade nas pessoas, e o de Heráclito incita as lutas por mudança social, por exemplo.
d)       Heráclito pensa que tudo o que existe, existe e sempre existiu como é, enquanto que Parmênides acredita que tudo flui, tudo muda, assim sendo, o pensamento de Heráclito instaura uma certa comodidade nas pessoas, e o de Parmênides incita as lutas por mudança social, por exemplo.

5)    (UEL – 2005 adaptada) Sobre a passagem do mito à filosofia, na Grécia Antiga, considere as afirmações a seguir:
I.   Os poemas homéricos, em razão de muitos de seus componentes, já contém características essenciais da compreensão de mundo grega que, posteriormente, se revelaram importantes para o surgimento da filosofia;
II.    O naturalismo, que se manifesta nas origens da filosofia, já se evidencia na própria religiosidade grega, na medida em que nem homens nem deuses são compreendidos como perfeitos;
III.   A humanização dos deuses na religião grega, que os entende movidos por sentimentos similares aos dos homens, contribuiu para o processo de racionalização da cultura grega, auxiliando o desenvolvimento do pensamento filosófico e científico;
IV.   O mito foi superado, cedendo lugar ao pensamento filosófico, devido à assimilação que os gregos fizeram da sabedoria dos povos orientais, sabedoria essa desvinculada de qualquer base religiosa.
Estão corretas as afirmativas:
a)       I e II              c) III e IV
b)       I, II e III        d) I, III e IV

6)        Diferentemente do que se proclama pela tradição racionalista da filosofia, os mitos também possuem a sua dimensão de verdade para os povos que lhe tomam como explicação, porém diferem das construções racionalistas filosóficas e científicas pois:
a)       Sua base de sustentação é a fé.
b)       Sua base de sustentação é a imaginação e a crença.
c)       Sua base de sustentação é a alienação.
d)       Suas características discursivas induzem ao auto-engano.

7)    Quanto à Ética Socrática e a nossa atual concepção de Ética Contemporânea baseada no nosso modelo de sociedade e economia marque a alternativa correta:
a)      A Ética Socrática é profundamente baseada em uma ideia de Razão Universal, a qual está ligada a alma, e para Sócrates a bondade, a justiça e o certo estariam ligados também à essa ideia, sendo portanto a elevação espiritual e o cultivo da alma a melhor forma, para Sócrates, de ser virtuoso, e portanto, ético, assim como nos atuais tempos.
b)      A nossa atual sociedade e economia possui valores muito bem fundamentados no crescimento comum e social. A Ética, portanto, de nosso tempo é como a de Sócrates, fundada nos valores morais comuns e universais.
c)       A Ética de nosso tempo proclama uma vida individualista e consumista. Procura-se afirmar um “Eu Tenho, portanto, Eu Sou”, maior do que o “Conhece-te a ti mesmo”, portanto, procurar saber quem sou, enquanto espírito e razão, para a cultivação do meu verdadeiro Eu, onde só haveria a negação do corpo em busca de uma graça maior divina, onde está o verdadeiro bem, não nas efemeridades terrenas é a contraposição ao mote do nosso tempo.
d)    Nas sociedades democráticas o lugar da Ética é sempre o lugar das Leis Constitucionais da República. A Ética, ou o agir corretamente, virtuosamente, com bondade e justiça, será sempre agir como dita as Leis, as regras e as normas baseadas na Constituição. Sendo Sócrates um condenado por Atenas por desvirtuar as regras e as leis de sua pólis, na verdade, um grande antiético.

8)    (ASPERHS) Platão nasceu em Atenas, provavelmente em 427 a.C. e morreu em 347 a.C. É considerado um dos principais pensadores gregos, pois influenciou profundamente a filosofia ocidental. Sobre este filósofo, pode-se afirmar:
I.       Suas ideias baseiam-se na diferenciação do mundo entre as coisas sensíveis (mundo das ideias e a inteligência) e as coisas visíveis (seres vivos e a matéria);
II.       Platão não valorizava os métodos de debate e conversação como formas de alcançar o conhecimento;
III.    Fundou a Academia, uma escola de Filosofia com o propósito de recuperar e desenvolver as ideias e pensamentos socráticos;
IV.     Foi um dos maiores críticos da democracia do seu tempo. Pelo menos daquela que era praticada em Atenas e que ele conheceu de perto;
V.     Como já em Sócrates, assim em Platão, a filosofia tem um fim prático, moral; é a grande ciência que resolve o problema da vida. Este fim prático realiza-se, no entanto, materialmente, através da especulação, do conhecimento da ciência.
Estão corretas as proposições:
a)       I, II e III, apenas.
b)       II, IV e V, apenas.
c)        II, III e IV, apenas.
d)       I, III e IV, apenas.
e)       I, II, III, IV e V.

9)    (ENEM – 2012) Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides era que o objeto de conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, e era preciso estabelecer uma relação entre objeto racional e objeto sensível ou material que privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivelmente, a Doutrina das ideias formava-se em sua mente.
(ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2012, adaptado)
O texto faz referência à relação entre razão e sensação, um aspecto essencial da Doutrina das ideias de Platão (427 a.C. – 346 a.C.) De acordo com o texto, como Platão se situa diante dessa relação?
a)       Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas.
b)       Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a eles.
c)       Atendo-se a posição de Parmênides de que a razão e a sensação são inseparáveis.
d)       Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a sensação não.
e)       Rejeitando a posição de Parmênides de que a sensação é superior à razão.

10)    (Unicamp – 2013) A sabedoria de Sócrates, filósofo ateniense que viveu no século V a.C., encontra o seu ponto de partida na afirmação “sei que nada sei”, registrada na obra Apologia de Sócrates. A frase foi uma resposta aos que afirmavam que ele era o mais sábio dos homens. Após interrogar artesãos, políticos e poetas, Sócrates chegou à conclusão de que ele se diferenciava dos demais por reconhecer a sua própria ignorância.


O “sei que nada sei” é um ponto de partida para a Filosofia, pois:




A) Aquele que se reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer adquirir conhecimentos.




B) É um exercício de humildade diante da cultura dos sábios do passado, uma vez que a função da Filosofia era reproduzir os ensinamentos dos filósofos gregos.




C) A dúvida é uma condição para o aprendizado e a Filosofia é o saber que estabelece verdades dogmáticas a partir de métodos rigorosos.




D) É uma forma de declarar ignorância e permanecer distante dos problemas concretos, preocupando-se apenas com causas abstratas.




E) É um exercício de ironia, uma vez que os filósofos na verdade sabem que sabem muito mais que os outros.


11)  A tragédia edipiana apresentada pelos gregos e tomada por Sigmund Freud para explicar o tabu do incesto mostra um amor impossível. Marque abaixo que amor é esse:

a)    O amor sexual entre mãe e filho.       c) O amor de um estrangeiro pela pátria.
b)    O amor entre pai e filho adotivo.       d) O amor sexual entre irmãos.

12Você já ouviu a expressão “amor platônico”? O que seria um amor platônico? Não é preciso pensar muito para perceber que esse nome deve ter alguma coisa a ver com Platão, não é mesmo? Mas o que que Platão tem a ver com amor? Marque a alternativa correta sobre a significação de “amor platônico”:
a)       Para Platão o amor é platônico quando não conseguimos conquistar a pessoa que a gente deseja, portanto, ficamos amando a distância, sozinhos.
b)        Para Platão um amor perfeito só poderia existir de forma idealizada, contemplando a própria ideia, e falamos também que é aquele amor cujo não “podemos ter a quem queremos”.
c)       O amor é platônico quando não conseguimos controlá-lo e ele nos conduz para um estado de fraqueza e cegueira diante das coisas do mundo.
d)        É um amor puro, inocente, que só quer e deseja o bem para todos.

13)   Qual o mito apresentado no livro “O Banquete” de Platão para explicar a busca pela “cara-metade”?
a)    O mito do andrógeno.       c) O mito de Eros e Psiqué.
b)    O mito de Sísifo.               d) O mito de Ícaro.



14)     Chamamos período helenístico aquele período em que a Filosofia grega entrou em efusão com a invasão macedônica e sua difusão pelo mundo, chegando à Roma e à Alexandria, sendo alguma das escolas desse período uma mistura eclética de pensamentos. Marque a opção abaixo que NÃO representa uma dessas escolas:
a) Estoicismo        c) Taoísmo         e) Epicurismo  
b) Cinismo            d) Pirronismo

15)    Uma das escolas helenísticas de forte característica socrática no que concerne à cultivação da alma em detrimento do corpo é:
a)   Epicurismo       c) Pirronismo      e) Estoicismo
b)   Projectismo      d) Cinismo

16)   O Carpe Diem, o ócio, o cultivo da alma, são características dessa escola que se preocupa com a vida humana bem vivida, longe das perturbações da política e das atitudes viciosas, proclamando uma “retirada” do exterior para dentro de si:
a)    Epicurismo       c) Pirronismo      e) Orfismo
b)    Estoicismo        d) Cinismo

17)  Para essa escola helenística, o cultivo de uma boa conversa com um amigo sobre as benesses da vida virtuosa é um dos maiores prazeres para si:
a)   Epicurismo        d) Pirronismo
b)   Estoicismo         e) Cinismo
c)   Orfismo

18)   Epicuro de Samos (341 a.C. – 271 a.C.), o conhe-cido fundador da Escola Epicurista, escreveu uma carta a Meneceu, que ficou conhecida como A Carta Sobre a Felicidade. Observe o trecho da carta a seguir e responda:
Acostuma-te à ideia de que a morte para nós não é nada, visto que todo bem e todo mal residem nas sensações, e a morte é justamente a privação das sensações. A consciência clara de que a morte não significa nada para nós proporciona a fruição da vida efêmera, sem querer acrescentar-lhe tem-po infinito e eliminando o desejo de imortalidade.
Não existe nada de terrível na vida para cujem está perfeitamente convencido de que não há nada de terrível em deixar de viver. É tolo portanto quem diz ter medo da morte, não porque a chegada desta lhe trará sofrimento, mas porque o aflige a própria espera: aquilo que não nos perturba quando presente não deveria afligir-nos enquanto está sendo esperado.” (EPICURO, 1973)
Sendo “as sensações” a proveniente de todo bem e todo o mal para o epicurismo, porque não devemos temer a morte?
a)   Porque a morte é a dissolução dos átomos que constituem nosso corpo e alma, sendo assim, deixamos de sentir tanto prazer quanto dor.
b)    Porque a morte anuncia o juízo que os deuses farão sobre a nossa vida, se ela foi uma vida guia-da pela bondade ou pela maldade.
c)    Porque a morte é o período em que mais sentimos dor e nossos parentes, por isso DEVEMOS temê-la.
d)   Porque quando morremos não sabemos para onde vamos, por isso não precisamos temer.
e)  Se vivermos de acordo com a Razão ou de acordo com as leis de Deus não precisamos temer a morte.

19)   No livro “A arte de viver: uma nova interpretação de Sharon Lebell”  busca-se resgatar os pensamentos do filósofo Epicteto.
Sabemos que Epicteto viveu grande parte de sua vida como escravo em Roma por volta do século I d.C., mas nem em sua condição de escravo ele deixou de filosofar e representar a escola à qual o seu pensamento está ligado.
Vejamos abaixo um trecho do livro escrito em aforismos:
HARMONIZE SUAS AÇÕES COM A MANEIRA COMO A VIDA É:
(...) Comporte-se, em todas as questões, grandes e públicas, pequenas e domésticas, de acordo com as leis da natureza. Harmonizar sua vontade com a natureza deveria ser o seu maior ideal. Onde você pode praticar esse ideal? Nos detalhes de sua vida diária, com suas tarefas e deveres pessoais e específicos. Quando você realizar essas tarefas, tais como tomar banho, por exemplo, faça-o tanto quanto lhe for possível, faça-o em harmonia com a natureza. E assim por diante.
O que fazemos é menos importante do que a maneira como o fazemos. Quando compreendemos realmente este princípio e vivemos de acordo com ele, embora as dificuldades continuem a surgir – já que também são parte da ordem divina – , ainda assim será possível ter paz interior.” (EPICTETO, 2006, p.18)
Diante do trecho lido, onde podemos identificar um apelo moral à conformar a vida particular à ordem da natureza, é possível dizermos que Epicteto pertenceu à escola:
a) Cínica        c) Epicurista      e) Platônica
b) Estóica      d) Pirrônica

20)   Simone de Beauvoir, filósofa e escritora francesa do século XX, escreveu um livro chamado “Por uma moral da ambiguidade”, publicado em 1947, nele contém um texto chamado “Pirro e Cinéias” em que a autora nos diz que a indiferença quanto as coisas do mundo e quanto as pessoas nos leva à uma paz, mas que essa paz através da indiferença só afirma uma cisão entre os homens e suas solidões.
Esta afirmação de que com a indiferença teremos paz, sendo assim melhor de se viver, afirmando a solidão dos homens, é fruto de uma inversão de valores que podemos afirmar ter se dado na Grécia Antiga em seu período Helenístico. Essa inversão de valores seria:
a)   Não é mais a Razão a ordenadora de todas as coisas e sim o que temos de mais imediato, a saber, os sentimentos.
b)  A visão cosmopolita entre os povos da Grécia, Ásia menor e Macedônia que proporcionou a ampliação da visão reducionista de antes.
c)    O homem não é mais visto como centro do universo e sim a Europa, descaracterizando e negando o homem.
d)  Os valores religiosos que antes diziam e afirmavam tudo, como última palavra, passam agora a ser secundários diante dos novos tempos.
e)   Não é mais a vida coletiva que traz a felicidade e o bem ao homem, e sim sua retirada dela e a afirmação do bastar-se a si mesmo.

21)    Leia o texto abaixo do autor brasileiro contemporâneo Augusto Cury atentando para os elementos que dialogam com uma teoria ética específica da Antiguidade e marque o item correto.
Desesperados, muitos tentaram encontrar a felicidade em todos os cantos do mundo. Mas no espaço ela não estava, nos mais altos edifícios não fez morada, no interior dos palácios não habitava. Cansados de procurá-la, alguns disseram: ‘ela não existe, é um sonho de sonhadores que nunca acordam’.
A felicidade bateu à porta de todos. Deu sinal de vida na história dos abatidos e dos animados, dos depressivos e dos sorridentes, dos que representam e dos que vivem sem maquiagem. Sussurando aos ouvidos do coração, ela disse baixinho: ‘Hei! Não estou no mundo em que você está, mas no mundo que você é!’. Confusos, gritamos: ‘O quê? Fale mais alto!’. Como a voz de uma suave brisa ela delicadamente balbuciou: ‘Não me procure no imenso espaço nem nos recantos da terra. Viaje para dentro de você. Eu me escondo nas vielas da sua emoção, no cerne do seu espírito...’ (CURY, 2001, p. 10).
a)    O texto remete-se à teoria ética do meio-termo aristotélico, deixando claro a referência do pressuposto do primeiro motor (Deus para os cristãos) como o provedor da felicidade que só pode ser encontrada dentro de si mesmo.
b)      Se não fosse o pensamento cético dos pirrônicos nenhuma construção de dúvida acerca da felicidade poderia ter sido construída. A ação humana deve pautar-se pela suspensão de juízo, por isso sempre é cabível questões como “A felicidade realmente existe?”
c)     O ethos apresentado no texto remete à uma busca de si no interior, no espírito, assim como a moral socrática-estóica que identifica a felicidade com essa retidão da ação para dentro de si e não para o mundo exterior.
d)     A teoria ética do hedonismo, desenvolvida por Aristipo de Cirene e seus seguidores, defendiam uma ação do homem voltada para a cultivação do espírito, porém essa cultivação do espírito se daria, mesmo que controversamente pela via do prazer corporal.
e)     A teoria ética medieval de Santo Agostinho que procura dar à felicidade uma perspectiva cristã de vida com Cristo, sendo portanto preciso um retorno para si enquanto busca da alma iluminada pelo espírito divino, fugindo da mundanidade que exala o pecado e a corrupção moral.

22)   Pirro afirmava que não poderíamos afirmar certamente se uma coisa era verdadeira ou falsa. As coisas seriam indiferentes, incomensuráveis e indiscerníveis, portanto, para Pirro, não poderíamos nos apoiar em uma certa verdade proclamada. E segundo ele, para sermos felizes precisamos simplesmente aceitar a possibilidade de ser ou de não ser das coisas e seguir vivendo, precisamos não julgar, “não demonstrar uma opinião”. A essa atitude chamamos:
a)    Suspensão de juízo (epoché)
b)    Imperturbabilidade do espírito (ataraxía)
c)    Elevação da alma (catalepsía)
d)    Suspensão da dor (aponía)
e)    Racionabilização (logonía)

23)   A palavra deriva do grego kynismós, chegando até o presente pelo latim cynismu. A origem do termo, porém, é incerta: Alguns autores afirmam que o nome originou-se do local onde Antístenes (discípulo de Sócrates e “fundador dessa escola”) teria fundado sua Escola, o Ginásio Cinosarge, ao passo que outros afirmam ser um termo derivado da palavra grega kŷőn, kynós, que significa:
a)    Povo escolhido      d) Criadores
b)    Povo racional         e) Sem noção
c)    Cachorro


24)    Fala-se de diversas formas de amor: amor físico, amor platônico, amor materno, amor à vida. As muitas dificuldades que essa diversidade de termos oferece, em conjunto à suposta unidade de significado, ocorrem não só nos idiomas modernos, mas também no grego e no latim. O grego possui várias palavras para "amor", cada qual denotando um sentido diferente e específico. No latim, encontramos amor, dilectio, charitas, bem como Eros, quando se refere ao amor personificado numa deidade. "Amar" também tem o sentido de "gostar muito", sendo, assim, possível se amar qualquer ser vivo ou objeto. (Retirado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Amor em 13 de novembro de 2014)
De acordo com o texto acima, os gregos possuem várias palavras para o “amor”, Maria Lúcia de Arruda Aranha identifica pelo menos três, marque a alternativa correta de acordo com as três concepções de amor gregas:
a)     O Eros para os gregos seria o amor a Deus, enquanto que o Ágape seria o amor às coisas mundanas e a Eudaimonia o amor aos irmãos.
b)     A Autonomia seria o amor a liberdade, o Eros o amor desejante do outro e o Ágape o amor cristão.
c)     A Filía geralmente traduzida por amizade, significa o amor entre amigos, o Ágape significaria um amor fraterno ligado a ideia cristã, e o Eros seria o amor desejante pelo outro.
d)     O Platônico seria o amor de Platão, o Aristotélico seria o amor de Aristóteles e o Erótico seria o amor do deus Eros da mitologia grega.

e)     O amor almático, o eterno, o amor corpóreo que é passageiro e o amor verdadeiro que é aquele que nasce e morre do desejo pelo outro.

ÉTICA E MORAL

1)      Quanto ao conceito de ética marque a alternativa correta:
a)     São as normas e regras de uma sociedade ou de uma instituição, são os deveres dos indivíduos para com a sociedade.
b)     Filosofia e reflexão sobre a moral de uma sociedade tendendo às respostas universais sobre o certo e o errado, o justo e o injusto.
c)    São os valores idealizados de comportamento dos indivíduos em uma determinada sociedade.
d)     É o agir correto, de forma limpa e sempre pautando a lisura nas ações, afirmações e processos políticos.

2)   O filósofo Immanuel Kant, que nasceu em 1724 e morreu em 1804, deu grande contribuição para o pensamento moderno e contemporâneo da ética e da política, ajudando inclusive, com seu pensamento, na criação de uma organização internacional que visava a manutenção da paz no mundo. Uma de suas ideias principais dizia “Age de tal modo que a máxima da tua ação se possa tornar princípio de uma legislação universal”, que ele chamava de:
a)  Lei geral da paz       b) Imperativo Categórico       c) Páz Perpétua        d) Moralidade

3)      Kant, o filósofo alemão da questão anterior contribuiu com o estudo da Moral, ele dizia como na frase anterior que as pessoas deveriam agir sempre através da razão pois:
a)     Agindo através da razão seremos bons
b)     Agindo através da razão, agimos de forma correta
c)     Agindo através da razão nós seremos felizes
d)   Agindo através da razão estaremos sempre certos, pois é a razão que nos dá educação.

4)     Marque o item correto que está referente à frase: “o homem, estando condenado a ser livre, carrega o peso do mundo inteiro em suas costas; ele é responsável pelo mundo e por si mesmo enquanto maneira de ser.”
a)    Esta frase atribuída a Kant, nos remete ao seu entendimento de que o homem é livre, portanto ele é responsável pelos seus atos e deve sempre arcar com as consequências.
b)     A frase é atribuída ao filósofo francês Jean-Paul Sartre, que quer indicar que o homem é “essencialmente” livre, portanto, ele é responsável por sua vida e pela dos outros.
c)   O homem nem sempre é responsável pelos seus atos, portanto, nem sempre pode responder por eles, nem pelas consequências que afetam a ele e as outras pessoas.
d)    Sócrates na Grécia Antiga quando inseriu a ideia de moralidade na filosofia, propunha que o homem pudesse viver de uma forma melhor em sociedade, encarando os outros como iguais e livres.

5)    O professor marca uma avaliação individual para sexta feira da próxima semana. O assunto da prova é sobre Moral e Ética, porém um dos alunos não estudou para a avaliação e antes do professor entrar na sala de aula, ele abre o livro e copia alguns conceitos e respostas de exercícios no intuito de consultar enquanto faz a avaliação que não pode ser pesquisada. Com base em seus conhecimentos sobre a Moral de sua sociedade e de como se comportar na Escola durante uma avaliação, descreva o que seria o correto do aluno fazer e o porque.
_________________________________________________________________________

6)    A moral varia de acordo com o tempo, o espaço, ou seja, a sociedade e a cultura em que se encontra. Explique como e porque isso se dá citando exemplos.
_________________________________________________________________________



7)      Para Friedrich Engels, filósofo alemão do final do século XIX, conhecido por escrever conjuntamente o “Manifesto do Partido Comunista” com o também filósofo, jornalista e sociólogo Karl Marx, a moral varia de acordo com alguns determinantes. Segundo o pensamento de Engels, quais dessas causas abaixo é mais determinante das mudanças que se operam na moral?
a)     A trangressão dos valores pelos indivíduos.
b)     A transgressão dos valores pelos grupos organizados.
c)     As mudanças nas perspectivas religiosas da sociedade.
d)     As mudanças no processo de produção e distribuição dos bens de consumo.

8)   Como podemos definir a Ética Sartreana a partir desse trecho de sua obra “O Existencialismo é um Humanismo”?
O existencialista declara frequentemente que o homem é angústia. Tal afirmação significa o seguinte: o homem que se engaja e que se dá conta de que ele não é apenas aquele que escolheu ser, mas também um legislador que escolhe simultaneamente a si mesmo e a humanidade inteira, não consegue escapar ao sentimento de sua total e profunda responsabilidade.
(SARTRE, 1987, p. 7 In: SARAIVA, 2011, p.40)
a)     Uma ética deontológica, onde preceita direitos e deveres a serem seguidos.
b)    Uma ética teleológica, onde o fim da vida humana é identificado com o fim da vida social.
c)    Uma ética da responsabilidade, onde a liberdade de fazer-me é perpassado pelo ser e liberdade do outro.
d)   Uma ética engajada, onde o engajamento político através das artes é a única forma autêntica de agir.

9)    Leia o texto abaixo retirado do livro “Filosofia: Investigando a ética e a sexualidade” de Raimundo Nonato Nogueira de Oliveira e marque a opção correta.
No dia a dia, convivemos com pessoas diferentes. Quando você anda pelas ruas de nossa cidade, percebe que as pessoas que passam por você são bem diferentes umas das outras. As diferenças que geralmente são observadas são as físicas: a cor da pele, dos cabelos, dos olhos, a idade, o sexo, a altura e o peso. Algumas pessoas são mais velhas, outras mais novas. Existem pessoas mais ricas e mais pobres, pessoas de etnias diferentes (negros, mestiços, índios, orientais, brancos), de crenças diferentes (católicos, judeus, muçulmanos, budistas, protestantes, ateus, etc.). É gente de todo tipo!
Apesar das diferenças físicas, étnicas, religiosas e de riqueza, somos todos seres humanos, possuidores de uma natureza única, por isso, somos semelhantes, isto é, individualmente diferentes, mas essencialmente iguais. Somos também iguais em direitos e deveres, ou seja, somos também iguais diante da proteção e rigor das leis. O respeito à diversidade e a consideração de que somos todos semelhantes, não havendo, portanto, ninguém merecedor de tratamento indigno e desumano ou de forma privilegiada, são o maior de todos os valores sociais, e ele se expressa na maior de todas as virtudes humanas, que é a fraternidade. (2011, p. 41).
a)   Os valores éticos apresentados no texto remetem-se ao ethos cultural da Grécia Clássica, onde imperava a democracia direta, reconhecida por sua perfeição ao agregar toda a sociedade.
b)    O texto quer deixar a entender que as diferenças físicas, étnicas e religiosas são de natureza essencial para a diferenciação da ação dos homens.
c)   O texto refere-se aos contravalores culturais que estão presentes em todas as sociedades constituídas por valores enraízados universalmente.
d)    O texto defende a ideia contemporânea de respeito às diversidades reconhecendo a “igualdade na diversidade”.

10)      Leia o texto abaixo do autor brasileiro contemporâneo Augusto Cury atentando para os elementos que dialogam com uma teoria ética específica da Antiguidade e marque o item correto.
Desesperados, muitos tentaram encontrar a felicidade em todos os cantos do mundo. Mas no espaço ela não estava, nos mais altos edifícios não fez morada, no interior dos palácios não habitava. Cansados de procurá-la, alguns disseram: ‘ela não existe, é um sonho de sonhadores que nunca acordam’.
A felicidade bateu à porta de todos. Deu sinal de vida na história dos abatidos e dos animados, dos depressivos e dos sorridentes, dos que representam e dos que vivem sem maquiagem. Sussurando aos ouvidos do coração, ela disse baixinho: ‘Hei! Não estou no mundo em que você está, mas no mundo que você é!’. Confusos, gritamos: ‘O quê? Fale mais alto!’. Como a voz de uma suave brisa ela delicadamente balbuciou: ‘Não me procure no imenso espaço nem nos recantos da terra. Viaje para dentro de você. Eu me escondo nas vielas da sua emoção, no cerne do seu espírito...’
(CURY, 2001, p. 10).
a)    O texto remete-se à teoria ética do meio-termo aristotélico, deixando claro a referência do pressuposto do primeiro motor (Deus para os cristãos) como o provedor da felicidade que só pode ser encontrada dentro de si mesmo.
b)    A teoria ética do hedonismo, desenvolvida por Aristipo de Cirene e seus seguidores, defendiam uma ação do homem voltada para a cultivação do espírito, porém essa cultivação do espírito se daria, mesmo que controversamente pela via do prazer corporal.
c)    O ethos apresentado no texto remete à uma busca de si no interior, no espírito, assim como a moral socrática-estóica que identifica a felicidade com essa retidão da ação para dentro de si e não para o mundo exterior.
d)  A teoria ética medieval de Santo Agostinho que procura dar à felicidade uma perspectiva cristã de vida com Cristo, sendo portanto preciso um retorno para si enquanto busca da alma iluminada pelo espírito divino, fugindo da mundanidade que exala o pecado e a corrupção moral.

11)    Sánchez Vázquez, o filósofo espanhol erradicado no México, escreveu dentre outras obras uma que fala especificamente da construção humana das teorias éticas e das normas e legislações, essa obra chama-se Ética. Na obra, o filósofo distingue, a controvérsia de muitos, Moral de Ética. A seguir, marque o item que define de acordo com o pensamento do autor o que é Moral.
a)   O poder que uma pessoa tem sobre a outra, capaz de impor respeito e/ou medo sob ela.
b)   É ser justo, correto, andar sempre na linha, ou seja, ser sábio e consciente de seus atos.
c)   Ciência dos costumes dos homens em sociedade, procurando explicar o fundamento do que se entende ser o certo e o errado em uma determinada sociedade.
d)   Conjunto de normas,  regras e costumes que dizem respeito a regulação das relações dos indivíduos em uma determinada sociedade.

12)      Ainda com relação a obra e ao autor da questão anterior, marque o item que define de acordo com o pensamento dele o que é Ética.
a)    Conjunto de normas,  regras e costumes que dizem respeito a regulação das relações dos indivíduos em uma determinada sociedade.
b)    Ciência dos costumes dos homens em sociedade, procurando explicar o fundamento do que se entende ser o certo e o errado em uma determinada sociedade.
c)     O poder que uma pessoa tem sobre a outra, capaz de impor respeito e/ou medo sob ela.
d)     É ser justo, correto, andar sempre na linha, ou seja, ser sábio e consciente de seus atos.

13)     O filósofo Immanuel Kant, que nasceu em 1724 e morreu em 1804, deu grande contribuição para o pensamento moderno e contemporâneo da ética e da política, ajudando inclusive, com seu pensamento, na criação de uma organização internacional que visava a manutenção da paz no mundo (ONU). Uma de suas ideias principais dizia “Age de tal modo que a máxima da tua ação se possa tornar princípio de uma legislação universal”, que ele chamava de:
a)    Lei geral da paz     c) Imperativo Categórico      
b)    Páz Perpétua         d) Moralidade

14)      Kant, o filósofo alemão da questão anterior, contribuiu com o estudo da Moral, ele dizia como na frase anterior que as pessoas deveriam agir sempre através da razão pois:
a)      Agindo através da razão seremos bons.
b)      Agindo através da razão, agimos de forma correta.
c)      Agindo através da razão nós seremos felizes.
d)     Agindo através da razão estaremos sempre certos, pois é a razão que nos dá educação.

15)     “As pessoas precisam parar de pensar na comida apenas como algo de que se gosta ou que faz bem à saúde. O ato de comer também é uma decisão ética e moral.”
(SINGER In: OLIVEIRA, 2011, p. 51).
Marque a alternativa correta de acordo com a citação acima de Peter Singer.
a)      O ato de comer é uma decisão ética e moral porque é necessário pensar nas consequências do comer, tanto para os animais, para os humanos e para o meio ambiente. É necessário entender que não se deve tratar os animais como objetos do nosso consumo que podem ser criados de qualquer maneira.
b)        O ato de comer é uma decisão ética e moral porque podemos escolher onde vamos comer, quando vamos comer, como vamos comer e também o quê. É uma decisão ética porque passa pela nossa livre escolha.
c)         Se o ato de comer é uma decisão ética e moral é porque precisamos saber que nem todo alimento é bom para a saúde. Existem enlatados e outros tipos de alimentos com exagerado teor de gordura e açúcar que fazem mal ao nosso organismo.
d)         Peter Singer pensa que todo alimento é fabricado a partir da tortura de animais, e proveniente de animais que vivem em cativeiros em péssimas condições, que não tomam as devidas vacinas e são inxados de hormônios para que cresçam mais e deem mais carne.

16)    Para se ter uma ação verdadeiramente moral e podermos avaliar de forma justa o que é bom ou útil, partícipe necessário da sociedade ou descartável precisamos partir da ideia que o sujeito, o indivíduo é responsável por suas ações para que tenhamos como manter uma certa “ordem” que mantenha a sociedade unida. Portanto, é cabível a ideia de que:
a)       Somos todos essencialmente livres e responsáveis por nossas ações.
b)       Somos todos donos da nossa vida.
c)       Somos condicionados por forças sociais que estão para além da nossa vontade.
d)      A vida é uma só, portanto precisamos desfrutá-la da melhor maneira possível.


17)  Segundo José Ferrater Mora, os termos 'ética' e 'moral' são usados, por vezes, indistintamente. Contudo, o termo moral tem usualmente uma significação mais ampla que o vocábulo 'ética'. A moral é aquilo que se submete a um valor. Hegel distingue a moralidade subjetiva (cumprimento do dever, pelo ato de vontade) da moralidade objetiva (obediência à lei moral enquanto fixada pelas normas, leis e costumes da sociedade, a qual representa ao mesmo tempo o espírito objetivo). Hegel considera que seja insuficiente a mera boa vontade subjetiva. É preciso que a boa vontade subjetiva não se perca em si mesma ou se mantenha simplesmente como aspiração ao bem, dentro de um subjetivismo meramente abstrato. Para que se torne concreto, é preciso que se integre com o objetivo, que se manifesta moralmente como moralidade objetiva. É a racionalidade da moral universal concreta que pode dar um conteúdo à moralidade subjetiva da mera consciência moral. (Retirado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Moral em 13 de novembro de 2014)
De acordo com o texto, marque a alternativa correta:
a)     Para Hegel, a garantia da boa vontade é a garantia da ação moral.
b)     Para Hegel, a racionalidade guia as boas ações, portanto, as ações morais.
c)     Para Hegel, as intenções subjetivas tem que se acordar com as orientações objetivas.
d)     A moral enquanto particular deve guiar-se por algo mais universal, portanto, a ética.
e)     Tanto Ferrater Mora como Hegel entendem que Moral e Ética são a mesma coisa.


18)     Esse gênero literário possui, na maioria das vezes, a função de transmitir à criança valores morais e conhecimento, formando adultos conscientes. Exemplo clássico de narrativas alegóricas de uma situação vivida por animais, que referencia uma situação humana e tem por objetivo transmitir moralidade. A exemplaridade desses textos espelha a moralidade social da época e o caráter pedagógico que encerram. É oferecido, então, um modelo de comportamento maniqueísta; em que o "certo" deve ser copiado e o "errado", evitado. (Retirado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Moral em 13 de novembro de 2014)
O gênero literário ao qual o texto acima se refere é:
a)   Romance
b)   Fábula
c)   Mito
d)   Ficção científica
e)   Cordel

19)     Bioética (grego: bios, vida + ethos, relativo à ética) é o estudo transdisciplinar entre Ciências Biológicas, Ciências da Saúde, Filosofia (Ética) e Direito (Biodireito) que investiga as condições necessárias para uma administração responsável da Vida Humana, animal e responsabilidade ambiental. Considera, portanto, questões onde não existe consenso moral, tais como:
a)    A fertilização in vitro, o aborto, eutanásia, transgênicos e testes em animais.
b)  O assassinato, a penitência religiosa, e as pesquisas científicas desenvolvidas por amostragem.
c)    O uso da retórica no Direito para induzir um julgamento ao erro.
d)    O uso de organismos vivos para a observação da mutação genética natural.

e)    A alta de impostos para a garantia de direitos, como segurança, moradia e educação.

FILOSOFIA POLÍTICA


1)    O pensador italiano renascentista Nicolau Maquiavel (1469 – 1527) via a natureza humana de uma forma peculiar, diferente da visão religiosa cristã, que dava ao homem uma natureza divina que tinha sido corrompida pelo pecado. Sua visão dizia:
a)     Que o homem tem sua natureza na própria natureza.
b)     Que o homem não possui uma natureza.
c)     Que o homem é por natureza um ser egoísta.
d)     Que a natureza humana foi corrompida pelos governantes.

2)     Para o filósofo e cientista político inglês Thomas Hobbes (1588 – 1679), os homens trocaram sua liberdade individual pela proteção do Estado. Porque fizeram isso?
a)    Porque no estado natural de liberdade os homens são puros, bons e ingênuos, logo aqueles que se sobressaem em riqueza e esperteza tentam enganar os outros e institui o Estado para lhes assegurar o poder que foi conquistado por esperteza.
b)      Porque para Hobbes o Estado é natural, nasce com a associação natural dos homens que tendem a se aglomerar para suprir melhor suas necessidades, no entanto perdem um pouco da liberdade por ser o Estado um regulador das ações.
c) Porque no estado natural de liberdade os homens tendem a ser competitivos, agressivos, e guerrear contra os outros, pois para Hobbes o instinto natural do homem é o de luta e agressividade, o Estado então nasce de um contrato para que ele possa regular essa competitividade dos homens.
d)     Para Hobbes os homens não perdem a liberdade com o Estado, pelo contrário, eles ganham uma verdadeira liberdade, pois antes do Estado, na situação de natureza o homem é cercado por inimigos, portanto ele não pode viver bem, feliz nem livre, está sempre preso em sua zona de conforto e proteção.
e) O estado de natureza era algo prejudicial, pois não existia liberdade nem proteção, sendo portanto a proteção do estado uma liberdade, só que uma liberdade reduzida, pois não se poderia fazer o que a vontade individual desejasse.

3)    Para o filósofo suíço Jean-Jacques Rousseau (1712 – 1778) o Estado era a representação da soberania popular, enquanto que para Hobbes era o poder do rei. Isso parte do entendimento de ambos sobre a natureza humana. Qual a diferença entre Rousseau e Hobbes quanto o entendimento sobre a natureza humana?
a)     Para Rousseau o homem em seu estado de natureza é limitado, enquanto que para Hobbes não.
b)   Para Rousseau o homem em seu estado de natureza é essencialmente bom, enquanto que para Hobbes é violento e egoísta.
c)     Rousseau acredita que o homem é egoísta, vil e violento por natureza, enquanto que Hobbes acredita que o homem é puro, ingênuo e bondoso.
d)     Rousseau acredita que o homem no estado de natureza ainda é primitivo, precisando do Estado para evoluir, enquanto que Hobbes acredita que o homem no estado de natureza já tem pensamentos desenvolvidos.
e)     Para Rousseau no estado de natureza os indivíduos não eram bons nem maus, mas a sociedade os mudaria, para Hobbes os indivídos eram maus tanto em um, como no outro.


4)   “Há várias tipologias de democracia. É um tema abordado sobre várias perspectivas diferentes. Segundo o Prof. Norberto Bobbio a democracia é um MÉTODO. É um conjunto de regras de procedimentos para que decisões políticas sejam tomadas. É um conjunto de regras para a formação de decisões políticas.”
Podemos inferir que de acordo com Norberto Bobbio, no texto acima:
a)    A democracia não é mais uma forma de organização política pautada na vontade do povo.
b)     A democracia é tirana, pois os governantes governam por suas próprias vontades.
c)     Não existe mais democracia.
d)   A democracia é um método rigoroso que exige esclarecimento sobre as decisões políticas.

5)      Observe o trecho da letra da música “Toda forma de poder” do grupo Engenheiros do Hawaii abaixo e marque a alternativa correta.
Eu presto atenção no que eles dizem mas eles não dizem nada
Fidel e Pinochet tiram sarro de você que não faz nada
E eu começo a achar normal que algum boçal atire bombas na embaixada
Se tudo passa, talvez você passe por aqui
E me faça esquecer tudo que eu vi
Toda forma de poder é uma forma de morrer por nada
Toda forma de conduta se transforma numa luta ar-mada
A história se repete, mas a força deixa a história mal contada.
a)   Fidel e Pinochet são vistos na música como revolucionários que mudaram as estruturas sociais de seus países de origem, sendo controversos por terem se utilizado de terrorismo como bombas em embaixadas.
b) O trecho da música pretende demonstrar como a questão do poder é conflituosa nas sociedades atuais, pois depende do que se acredita e do que se deixa acreditar, sendo a própria história subvertida pela força do atual poder.
c)    O trecho da música pretende demonstrar como tudo é passageiro, como tudo passa, até os regimes políticos totalitários como o de Fidel e Pinochet. Passa também que não adianta lutar, pois a luta só traz a morte por nada.
d)   Engenheiros do Hawaii é uma banda formada por gaúchos separatistas que acreditam que o Rio Grande do Sul deve emancipar-se do Brasil, portanto, pensa que é normal atirar bombas na embaixada como forma de protesto, mesmo sabendo que essa “luta armada” só faz repetir a história que foi mal contada.

6)    Sabemos que na Grécia Antiga, em Atenas, a democracia era um pouco diferente da nossa atual democracia. Chamamos a Democracia de Atenas de Democracia Direta, em contraposição à nossa Representativa. Porém, hoje, temos algumas tentativas de aproximação da Democracia Direta, com a Democracia Participativa. Podemos dizer que a principal diferença entre a Democracia Participativa e a Democracia Representativa é:
a)    Na Participativa nós podemos ser nossas próprias vozes, e não dependemos de um representante que tem o papel de representar não só a nós como a milhares de pessoas, que é o que acontece na Democracia Representativa.
b)    Na Participativa podemos eleger a demanda que queremos, independente de qualquer coisa, não precisamos de um representante como na Representativa para votar e dizer o que queremos.
c)     A Representativa é uma Democracia Direta, quer dizer que é diretamente dependente de um representante e a Participativa é indireta, quer dizer que os objetivos são denominamos de forma independente.
d)     A Representativa é característica dos presidencialismos enquanto que a Participativa é característica das autocracias gregas.

7)      (ENEM – 2009 adaptada) Segundo Aristóteles, “na cidade com o melhor conjunto de normas e na-quela dotada de homens absolutamente justos, os cidadãos não devem viver uma vida de trabalho tri-vial ou de negócios - esses tipos de vida são despre-zíveis e incompatíveis com as qualidades morais -—, tampouco devem ser agricultores os aspirantes à cidadania, pois o lazer é indispensável ao desenvol-vimento das qualidades morais e à prática das ativi-dades políticas”.
(VAN ACKER, T. Grécia. A vida cotidiana na cidade-Estado. São Paulo: Atual, 1994.)
O trecho, retirado da obra Política, de Aristóteles, permite compreender que a cidadania
a) possui uma dimensão histórica que deve ser criti-cada, pois é condenável que os políticos de qualquer época fiquem entregues à ociosidade, enquanto o resto dos cidadãos tem de trabalhar.
b) era entendida como uma dignidade própria dos grupos sociais superiores, fruto de uma concepção política profundamente hierarquizada da sociedade.
c) tinha profundas conexões com a justiça, razão pela qual o tempo livre dos cidadãos deveria ser dedicado às atividades vinculadas aos tribunais.
d) vivida pelos atenienses era, de fato, restrita àque-les que se dedicavam à política e que tinham tempo para resolver os problemas da cidade.

8)  (UFSM - PEIES) “Todavia, como é meu intento escrever coisa útil para os que se interessam, pareceu-me mais conveniente procurar a verdade pelo efeito das coisas, do que pelo que delas se possa imaginar. E muita gente imaginou repúblicas e principados que nunca serviram nem jamais foram reconhecidos como verdadeiros. Vai tanta diferença entre como se vive e o modo por que se deveria viver, que quem se preocupar com o que se deveria fazer em vez do que se faz aprende antes a ruína própria, do que o modo de se preservar.”
(O Príncipe, Maquiavel.)
Nessa passagem, Maquiavel mostra que o domínio das ações humanas, no qual está incluída a política, deve ser concebido sob uma perspectiva realista.
Sobre essa maneira de conceber a política, é possível afirmar:
I. A política deve sempre ser pensada a partir de modelos ideais e da busca de soluções definitivas.
II. A política deve valorizar as experiências e os acontecimentos.
III. Concebe-se que a política deve se regular pelo modo como vivemos e não como deveríamos viver.
IV. Defende-se que a política deve ser orientada por valores universais e crenças sobre como deveria ser a vida em sociedade.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
a) I e II apenas.
b) I, II e II apenas.
c) II e III apenas.
d) III e IV apenas.
e) IV apenas.

9)   “Redemocratização é o processo de restauração da democracia e do estado de direito em países ou regiões que passaram por um período de autoritarismo ou ditadura. A redemocratização pode acontecer de maneira gradual, onde o poder restaura os direitos civis lentamente, ou abrupta, como é em geral o caso quando isso acontece através de revoluções.
Na história do Brasil, dois processos ocorridos em períodos distintos recebem essa designação: o primeiro, culminado em 1945, com a deposição de Getúlio Vargas, dando fim a uma ditadura iniciada com o golpe de 1937; no segundo, após o período ditatorial iniciado com o Golpe de 1964, o processo de redemocratização teve início no governo do general João Baptista Figueiredo, com a anistia aos acusados ou condenados por crimes políticos, processo perturbado pela chamada linha dura.”
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Redemocratiza%C3%A7%C3%A3o)
A chamada segunda redemocratização no Brasil teve sua plena realização com:
a)   A eleição de Tancredo Neves em 1984, o primeiro civil depois de todos os militares.
b)     A reabertura política e a queda do AI-7 em 1972 no governo de Figueiredo.
c)      A reeleição de Fernando Henrique Cardoso em 1997.
d)      O retorno às eleições diretas em 1989 e a promulgação da Constituição de 1988.
e)     A eleição do trabalhista Luiz Inácio da Silva, o Lula em 2001.

10)  Redemocratização quer dizer:
a)    Instituição de um poder político popular.
b)    Restauração do poder político e econômico da camada popular.
c)     Queda dos impérios e das opressões em uma sociedade.
d)    Fim dos períodos ditatoriais e monárquicos.
e)    Retorno ao sistema democrático depois de um período não-democrático.

 11) A imagem abaixo é do filme V de Vingança, que retrata uma Inglaterra governada por um regime totalitário controlador do sistema de informações. A obra enuncia o paradoxo existente entre a efetivação da estabilidade social à custas das liberdades pessoais dos indivíduos.

A partir da ideia do filme marque a alternativa que apresenta uma leitura atual e crítica da relação indivíduo/estado abaixo:
a)    O Estado tem o poder legítimo de defesa e ataque dos indivíduos, sendo portanto soberano.
b)   O Estado é o aparato dos indivíduos, sendo natural e necessário para a boa convivência de todos.
c)     O Estado cria situações de falso prazer e de assistência para que os indivíduos não se revoltem contra seu poder opressor.
d)   Os indivíduos não saberiam exercer suas liberdades pessoais sem o Estado e seus aparatos para controla-los, pois os indivíduos estão sempre querendo passar uns por cima dos outros.
e)   A relação indivíduo/estado não é uma relação por si conflituosa, basta que as pessoas entendam que tudo possui limites, tanto para o Estado quanto para as pessoas.

12) “Para Huxley, em sua propaganda, os ditadores atuais limitam-se, na maioria das vezes, à repetição, supressão e racionalização – repetição dos estribilhos que devem ser aceitos como verdades, supressão de fatos que eles pretendem sejam ignorados, desencadeando e racionalizando paixões que podem ser aplicadas aos interesses do partido e do Estado (Regresso ao admirável mundo novo, p. 57). Mantendo-se em constante tensão, a população se deixa controlar por discursos retóricos de grande impacto afetivo e os líderes adquirem sobre a massa uma autoridade paternal.”
(Renato Nunes Bittencourt In: OLIVEIRA, 2011, pp 145 – 146)
O tipo de crítica levantada por Huxley em sua literatura e que pode ser percebida no texto se direciona a:
a)   Governos fascistas e comunistas como o italiano de Mussolini e o russo de Stálin.
b)   Governos populistas como o de Vargas e Perón na América Latina.
c)   Novas tecnologias de melhoramento racional da propaganda partidária.
d) Monarquias absolutistas como as dos séculos que antecederam as revoluções burguesas.
e) Partidos políticos neoliberais e de extrema esquerda que procuram massificar suas ideologias.



13)          Marque a alternativa que apresenta os elementos de compreensão acerca do trecho abaixo:
“O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém, nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios”. (Charles Chaplin. O último discurso de “O grande ditador. Retirado de OLIVEIRA, 2011, p.93)
a)     Podemos inferir do texto que ele critica a atual ordem das coisas na sociedade europeia, como a inversão de valores entre o humano e o material. Visão essa também criticada pelos neomarxistas, de onde Chaplin tira suas influências.
b)    Chaplin acredita no que os iluministas no século XVIII também acreditavam: que a vida do homem tem que seguir naturalmente para a liberdade e para a beleza. Porém a sociedade atual baseada no modo de produção capitalista não suporta esse pensamento, pois liberdade para todos quer dizer perda de privilégios sociais da classe rica.
c) O texto é uma crítica à cultura europeia de nacionalismo baseado em xenofobia, que culminou nos fascismos e nazismo e também no muro de Berlim que marcou simbolicamente a divisão do mundo em dois. Tendo acontecido um sem número de mortes e aumentado a miséria de determinados setores da sociedade.
d)   Do texto pode-se inferir a falta de liberdade e de beleza na vida dos homens. Estes estão vivendo na miséria, matando-se nas guerras por causas injustas e vãs. Os homens precisam sair dessa dinâmica destrutiva e buscar uma vida melhor, por exemplo na busca por uma vida religiosa aos preceitos de Deus.

14)       Em qual obra, de qual filósofo, ficou célebre o uso do termo “Política” como referente ao que é social, à cidade?
a)   A República de Platão.        
b)  Ética e Cidadania de Aristóteles.
c)    A Política de Aristóteles.      
d)  O Leviatã de Thomas Hobbes.

15)       Para Aristóteles a Política tem como objetivo:
a)        Tornar os homens conscientes de suas ações e comportamentos em sociedade.
b)       O bem coletivo, identificando o bem como a Felicidade na sociedade.
c)        Entender o que se passa nas organizações dos homens e mulheres em sociedade.
d)        Tornar as pessoas ricas e desrespeitosas com o bem coletivo.

16)        Sabemos que na Grécia Antiga, em Atenas, a democracia era um pouco diferente da nossa atual democracia. Chamamos a Democracia de Atenas de Democracia Direta, em contraposição à nossa Representativa. Porém, hoje, temos algumas tentativas de aproximação da Democracia Direta, com a Democracia Participativa. Podemos dizer que a principal diferença entre a Democracia Participativa e a Democracia Representativa é:
a)       Na Participativa nós podemos ser nossas próprias vozes, e não dependemos de um representante que tem o papel de representar não só a nós como a milhares de pessoas, que é o que acontece na Democracia Representativa.
b)      Na Participativa podemos eleger a demanda que queremos, independente de qualquer coisa, não precisamos de um representante como na Representativa para votar e dizer o que queremos.
c)       A Representativa é uma Democracia Direta, quer dizer que é diretamente dependente de um representante e a Participativa é indireta, quer dizer que os objetivos são denominamos de forma independente.
d)      A Representativa é característica dos presidencialismos enquanto que a Participativa é característica das autocracias gregas.

17)   “O pensador italiano Nicolau Maquiavel (1469 – 1527) ocupou, na história do pensamento político, um lugar de destaque. A partir das considerações teóricas de Maquiavel, a política passou a ser vista de outro modo.” (OLIVEIRA, 2011, p. 112).
A política para Maquiavel seria:
a)   A arte de governar             
b)  A arte de manter e conquistar o poder
c)    A ciência sobre a cidade    
d)  Um jogo de interesses
18) A discussão em torno desse tema poderia partir de qualquer um de nós, mas quem a formulou magistralmente foi o filósofo Jean-Jacques Rousseau. Ele viveu durante a época do Iluminismo, na segunda metade do século 18. 
Como se sabe, o Iluminismo foi um movimento intelectual caracterizado pela importância da ciência e da racionalidade crítica no questionamento filosófico, o que implica recusa a todas as formas de dogmatismo, especialmente o das doutrinas políticas e religiosas tradicionais.
A questão da liberdade do homem é o mote central de "O Contrato Social", uma das obras primas de Jean-Jacques Rousseau. "O Contrato Social" é um ensaio fundamental para a história da filosofia e ao mesmo tempo uma obra para ser lida com prazer, na qual o filósofo conversa de igual para igual com o leitor. (Retirado de http://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/jean-jacques-rousseau-1-o-contrato-social.htm em 13 de novembro de 2014 – texto adaptado)
De acordo com o pensamento de Rousseau expresso no Contrato Social, marque a alternativa correta:
A) O homem nasce livre, mas encontra-se acorrentado por todos os lados no estado social.
B) O homem precisa do estado social para se libertar das prisões da natureza.
C)   A Monarquia seria a melhor forma de governo, pois só ela retrataria a liberdade do indivíduo.
D)   A liberdade de comércio é a expressão essencial da liberdade individual.
E) A igualdade se funda no direito natural à propriedade privada.

19) A filosofia de Hobbes é ainda definida como corpórea e mecanicista. É corpórea porque os corpos são gerados e por isso são os únicos sobre os quais é possível raciocinar. É mecanicista porque somente um corpo pode sofrer uma ação. O prazer, a dor, o querer o ódio e o amor também são movimentos. Em todos esses movimentos não existe um bem e um mal, pois ambos são relativos se levarmos em conta que o bem é aquilo que buscamos e o mal aquilo do qual fugimos e que as pessoas buscam ou tentam se afastar de maneira e de coisas diferentes.
    Mesmo não existindo um bem e um mal como valor absoluto, Hobbes admite que exista um primeiro bem que precede muitos outros, esse bem é a conservação da vida, e o contrário desse primeiro bem é a morte.
    Levando seus princípios para a análise política e social, Hobbes discorda da posição aristotélica que diz que o homem é um animal político. Hobbes acredita que cada homem é diferente do outro e que a vida social é definida pelo egoísmo dessa diferença e pela convenção da convivência em grupo. O Estado em que esses indivíduos vivem não é algo natural, mas artificial, criado por esses indivíduos para alcançar da melhor forma seus objetivos egoístas. (Retirado de http://www.filosofia.com.br/historia_show.php?id=77 em 13 de novembro de 2014)
De acordo com o pensamento de Hobbes, marque a alternativa correta:
A) Os seres humanos no estado de natureza vivem felizes e sem egoísmo.
B) Os seres humanos no estado de natureza não tem paz nem segurança.
C)  A individualidade deve ser assegurada através da luta de todos contra todos.
D) A liberdade não deve ser levada em consideração no estado social.
E) O Rei pode fazer tudo o que ele quiser, eis que ele é soberano, portanto, não deve ouvir seus súditos.

20) Artesão do pensamento político liberal, Locke nasceu numa aldeia inglesa, filho de um pequeno proprietário de terras. Estudou na escola de Westminster e em Oxford, que seria seu lar por mais de 30 anos. Os estudos tradicionais da universidade não o satisfaziam, mas aplicou-se. Foi admitido na Sociedade Real de Londres, a academia científica, em 1668, para estudar medicina: graduou-se seis anos depois, mas sem o título de doutor.
A maior parte de sua obra se caracteriza pela oposição ao autoritarismo, em todos os níveis: individual, político e religioso. Acreditava em usar a razão para obter a verdade e determinar a legitimidade das instituições sociais.
Quando Locke escreveu os "Dois Tratados sobre o Governo", a sua principal obra de filosofia política, tinha como objetivo contestar a doutrina do direito divino dos reis e do absolutismo real. (Retirado de http://educacao.uol.com.br/biografias/john-locke.jhtm em 13 de novembro de 2014)
Jhon Locke também:
A) Assim como Rousseau, acreditava que o ser humano no estado de natureza vivia mais livre e mais feliz.
B) Acreditava que o direito à propriedade era um direito divino, portanto, reflexo de deus, os homens por herança divina detiam as terras.
C)   Pretendia criar uma teoria que conciliasse a liberdade dos cidadãos com a manutenção da ordem política. Para ele, o que dá direito à propriedade é o trabalho que se dedica a ela.
D) Era um crítico do Iluminismo, sendo portanto um defensor das tradições de seu povo, não aceitava o cosmopolitismo das ideias revolucionárias.
E) Acreditava que ao nascermos tínhamos mais chances de retornar ao estado de natureza do que depois de inseridos em um sistema educacional.

21)    Explique como a ideologia liberal torna-se um dos princípios básicos do Capitalismo:
_________________________________________________________________________
22)  Dentre as diferenças e semelhanças entre os três pensadores do Contrato Social, explique-as: